Por Júlio Martins
A transformação digital, processo pelo qual as organizações adotam tecnologias digitais para reimaginar seus modelos de negócios e operações, tem sido um tema central nas discussões no ramo empresarial. No entanto, essa jornada rumo à digitalização exige soluções inovadoras, capazes de lidar com o crescente volume de dados em tempo real.
Neste cenário, a abordagem computacional – conhecida como “Edge Computing” ou “Computação de Borda” – torna-se essencial para impulsionar e acelerar o processo de digitalização de maneira assertiva e eficaz.
A transformação digital é muito mais do que uma simples migração para o ambiente digital, ela envolve uma mudança fundamental na forma como as empresas operam e criam valor, fazendo uso de tecnologia para melhorar a eficiência, ganhar agilidade e ampliar a satisfação do cliente.
Edge Computing é essencial para impulsionar e acelerar o processo de digitalização de uma empresa (Foto:GettyImages)
Neste contexto, a adoção da abordagem de Edge Computing desempenha um papel crucial na transformação digital, pois descentraliza o processamento de dados, permitindo que estes sejam processados mais perto da fonte, reduzindo a latência e aprimorando a eficiência da transmissão das informações.
Para exemplificar, consideremos uma cadeia de produção industrial. Sensores são colocados ao longo da linha para coletar dados, em tempo real, sobre a eficiência, manutenção e qualidade do processo. Com o Edge Computing, os dados são processados localmente, permitindo decisões rápidas para otimizar a produção. Isso resulta em maior eficiência operacional, menor tempo de inatividade e uma linha de produção mais ágil, objetivos centrais e pilares da transformação digital.
Percebe-se que, à medida que avançamos no desenvolvimento tecnológico, a sinergia entre o Edge Computing e a transformação digital só tende a crescer. Com a ascensão iminente da tecnologia 5G, a conectividade será ampliada e estará cada vez mais disponível, tornando a transmissão de dados ainda mais suficiente. Isso abrirá portas para aplicativos e serviços que dependem de latência mínima, como realidade virtual e assistência médica remota em tempo real.
Além disso, a interconexão de dispositivos na borda da rede continuará a ser a espinha dorsal das inovações que moldarão o futuro da transformação digital.
Como pudemos ver, o Edge Computing se apresenta como a alavanca que impulsiona a transformação digital para uma nova dimensão de velocidade, eficiência e inovação. Sua capacidade de processar dados na fonte, reduzindo latência e melhorando a eficiência da rede, demonstra claramente como essa abordagem está intrinsecamente ligada aos objetivos primários da transformação digital.
À medida que a digitalização redefine os modelos de negócios e as operações, o Edge Computing torna-se a chave para liberar o potencial máximo dessas iniciativas, proporcionando um cenário em que a tecnologia se integra perfeitamente ao cotidiano e impulsiona as empresas rumo ao futuro digital.
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Júlio Martins é diretor de Inovação da Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de Edge Computing.