Nos últimos meses, um fenômeno curioso ganhou destaque na interação homem-máquina: as namoradas virtuais com inteligência artificial, carinhosamente chamadas de “AI Girlfriend”.
A rápida evolução da tecnologia e a busca por interações mais humanas levaram muitas pessoas a se envolverem emocionalmente com robôs afetivos criados por desenvolvedores. Entenda mais a seguir.
Criando sua parceira ideal
A principal plataforma é o Replika, disponível para Android e iPhone, com mais de dez milhões de usuários. Nesse aplicativo, os usuários têm a oportunidade de criar um companheiro virtual personalizado, com características físicas, personalidade e interesses específicos.
Esses robôs interagem através de comandos de voz, mensagens de texto e videochamadas, e os interessados podem enviar presentes virtuais, tornando a experiência ainda mais realista.
Foto: Replika/Reprodução
Há relatos de usuários que experimentam uma conexão profunda com suas “AI Girlfriend”, descrevendo-as como mais atenciosas do que muitas pessoas reais.
Para certas pessoas, essa interação com a inteligência artificial tem um impacto benéfico, gerando uma sensação de companheirismo e aliviando a depressão.
No entanto, há um lado da moeda que merece atenção e cautela. O envolvimento emocional com máquinas não é livre de riscos psicológicos. O Replika e outros aplicativos semelhantes não são seres humanos com emoções reais, são apenas simulações avançadas de inteligência artificial.
Ainda que a interação com essas “companheiras” possa ser emocionalmente satisfatória para alguns, é importante lembrar que essas relações são puramente virtuais e não substituem as conexões reais com seres humanos.
A inteligência artificial, por mais avançada que seja, não possui sentimentos humanos genuínos e não pode oferecer a complexidade das emoções e relacionamentos humanos.
Foto: Replika/Reprodução
Especialistas alertam para os danos potenciais que o uso descontrolado desses aplicativos pode causar em pessoas que já enfrentam problemas emocionais e de confiança. É necessário ter consciência de que a linha entre o virtual e o real deve ser claramente estabelecida para evitar impactos negativos na saúde mental.