Em parceria com o #AstroMiniBR, o TecMundo traz, toda semana, as novidades mais relevantes e curiosas sobre o nosso universo para você ficar sempre atualizado com tudo o que acontece no cosmos. Confira baixo!
1. O telescópio mais potente procurando os menores objetos
O Telescópio Espacial James Webb (JWST), conhecido por suas observações de galáxias distantes e exoplanetas, demonstrou recentemente uma habilidade inesperada: a detecção de pequenos asteroides.
Em uma pesquisa publicada em dezembro de 2024 na revista Nature, cientistas relataram que o JWST identificou acidentalmente asteroides com apenas alguns metros de diâmetro no cinturão principal entre Marte e Júpiter, os menores já observados nessa região.
Essa descoberta ocorreu enquanto o telescópio realizava observações de outros alvos, indicando que mesmo objetos diminutos podem ser detectados por seus instrumentos sensíveis.
Embora o JWST não tenha sido projetado especificamente para caçar asteroides, sua capacidade de detectar essas pequenas rochas espaciais, pode complementar os esforços de defesa planetária. Identificar asteroides potencialmente perigosos antes que eles se aproximem da Terra é crucial para mitigar riscos de impactos e aprimorar as estratégias de defesa planetária.
A habilidade do JWST em detectar pequenos asteroides também contribui para uma compreensão mais detalhada do cinturão de asteroides, remanescente da formação do Sistema Solar interno. Estudar essas cápsulas rochosas do tempo oferece insights sobre os processos que moldaram nosso sistema planetário.
2. Quais são as chances de um asteroide massivo colidir com a Terra?
A probabilidade de um asteroide colidir com a Terra depende de vários fatores, como o tamanho, a órbita e a proximidade do objeto. Felizmente, impactos catastróficos são eventos extremamente raros. A Terra é frequentemente atingida por pequenos fragmentos espaciais, mas a maioria deles queima na atmosfera, transformando-se em meteoros
Impactos de asteroides maiores, com potencial de causar danos significativos, são muito mais incomuns, ocorrendo em uma escala de centenas de milhares a milhões de anos. Por exemplo, o asteroide que se acredita ter causado a extinção dos dinossauros, há 66 milhões de anos, era um evento extraordinariamente raro.
O monitoramento de asteroides próximos à Terra (os chamados NEAs, sigla para Near-Earth Asteroids) é realizado por diversas agências espaciais e telescópios ao redor do mundo, como a NASA e a ESA. Programas como o NEOWISE e o Sistema de Alerta de Impacto Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) rastreiam objetos que podem representar riscos.
Quando um asteroide é identificado com chance de impacto, as previsões são ajustadas continuamente, levando em conta novas medições para calcular a trajetória exata do objeto. Até agora, nenhum asteroide conhecido representa uma ameaça iminente para o nosso planeta nos próximos séculos.
Ainda assim, para os raros casos de asteroides que poderiam representar perigo, cientistas estão desenvolvendo estratégias de defesa do planeta: uma abordagem já testada é o desvio da trajetória do asteroide, como demonstrado pela missão DART (Double Asteroid Redirection Test) da NASA em 2022, que alterou com sucesso a órbita de um asteroide pequeno.
3. O alinhamento planetário de janeiro
No último dia 21, um evento relativamente raro ocorreu no céu noturno, proporcionando um espetáculo celeste para observadores em diversas partes do mundo: o alinhamento de seis planetas, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Netuno e Urano. Os 4 primeiros estavam visíveis a olho nu, enquanto os dois últimos puderam ser observados apenas com o auxílio de telescópios.
Embora não seja um evento particularmente raro, visto que os planetas sempre aparecem em uma linha praticamente reta no céu, este desfile planetário, que se estendeu por algumas noites, ofereceu uma oportunidade única para entusiastas da astronomia apreciarem a dança dos planetas juntos no firmamento em uma única noite.
Ainda que a poluição luminosa em áreas urbanas tenha dificultado a observação em algumas regiões, locais com céus escuros permitiram uma visualização clara do fenômeno.
Especialistas destacaram a importância de eventos como este para aumentar o interesse público na astronomia e na compreensão dos movimentos planetários. Além do interesse estético, o alinhamento também serviu como um lembrete da complexidade e beleza do nosso sistema solar, inspirando a curiosidade de explorarmos mais as belezas do cosmos.
Curtiu o conteúdo? Aproveite e compartilhe as novidades astronômicas da semana com seus amigos, em suas redes sociais. Até a próxima!