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Ratos com dois pais machos gerados em experimento sobrevivem até a idade adulta

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Ratos com dois pais machos gerados em laboratório sobreviveram até a idade adulta, comprovando o sucesso de um novo método de reprodução de camundongos cujo resultado saiu na terça-feira (28). O experimento foi conduzido por cientistas da Academia Chinesa de Ciências.

Para a geração dos ratos bipaternais, os pesquisadores cultivaram células com DNA de esperma para a coleta de células-tronco e focaram nos genes de impressão, realizando modificações em 20 deles. As células editadas foram injetadas em óvulos com núcleos removidos, junto a outros espermatozoides, resultando em células embrionárias com DNA de dois camundongos machos.

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Os camundongos gerados no experimento ainda apresentam alguns problemas de saúde. (Imagem: Pixabay)

O passo seguinte foi a introdução dessas células em uma “casca de embrião” que fornecia os elementos para criar a placenta. Os embriões que surgiram daí foram transferidos para úteros de fêmeas, com parte deles se desenvolvendo em filhotes vivos e chegando à fase adulta, enquanto outros morreram devido a defeitos de desenvolvimento.

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Entre os ratos sem mãe biológica que nasceram a partir do experimento complexo e sobreviveram até adultos, muitos apresentaram problemas relacionados ao crescimento e uma vida útil mais curta que os camundongos convencionais. Além disso, eles eram inférteis, conforme as descobertas publicadas no periódico Cell Stem Cell.

Avanços na impressão genômica

O processo conhecido como impressão genômica já havia sido tentado pela mesma equipe em uma pesquisa anterior. Na ocasião, eles editaram sete pontos de impressão no genoma, resultando em fetos de ratos que sobreviveram à gestação, porém morreram pouco tempo após o nascimento e apresentavam línguas salientes, hérnias umbilicais e órgãos internos aumentados.

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Com a identificação da origem genética de cada anormalidade, os cientistas conseguiram realizar os ajustes necessários para melhorar os resultados. “Nossos próximos passos incluem refinar a abordagem de edição genética para produzir animais bipaternais mais saudáveis”, ressaltou o coautor do artigo, Zhi-kun Li, em entrevista à Live Science.

Acredita-se ser possível eliminar os problemas de saúde que ainda restaram com mais ajustes no processo. Os cientistas também querem testar a abordagem em outras espécies, mas por enquanto não há planos de envolver humanos no experimento, sendo necessário entender melhor os riscos e benefícios.

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