Iniciada no dia 22 de março de 1996 pela Capcom, a série Resident Evil (Biohazard, no Japão) fez sucesso por vários motivos que vão além de seus mortos-vivos. Entre eles está o fato de que a empresa soube capturar muito bem a atmosfera dos “filmes B” que envolviam criaturas sobrenaturais misturadas a atuações um tanto caricatas.
Embora ela tenha abandonado essa característica com o passar do tempo, esse lado de “longa-metragem de baixo orçamento” nunca realmente deixou de fazer parte da saga. E, em uma ironia do destino, isso acabou sendo uma característica principal das próprias adaptações que o jogo recebeu — embora algumas delas tenham tido orçamentos relativamente generosos.
No entanto, esse lado mais “galhofa” também acabou sendo bom para os filmes de Resident Evil de certa forma, os tornando queridos entre os fãs apesar de seus vários defeitos. Neste artigo, relembramos os principais capítulos da série na tela grande, indo do mais decepcionante até aquele que recebeu as melhores avaliações — consideramos somente as adaptações live action, e não as diversas animações inspiradas pela franquia.
Resident Evil: os filmes da franquia do pior ao menos pior
Para listar todos os filmes de Resident Evil do pior ao menos pior, utilizamos as notas do Rotten Tomatoes, um dos principais agregadores de avaliações da internet. As reviews incluem tanto a opinião de críticos quanto do público.
Confira, a seguir, a relação completa de filmes de Resident Evil com base na nota, começando pelo pior de todos e indo até o longa com melhores avaliações, mas que não é lá essas coisas no quesito qualidade.
Resident Evil: Apocalypse (2004)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 18% da crítica e 60% do público
Dirigido por Alexander Witt, o segundo filme da série mostra o que acontece após Alice (Mila Jovovich) conseguir escapar de uma mansão repleta de armadilhas e criaturas mutantes. Presa em Racoon City, ela se junta a outros sobreviventes para tentar encontrar meios de escapar e de sobreviver ao vilão Nemesis. Apesar de trazer muitos elementos dos jogos, a história os misturou de forma pouco coerente e fugiu bastante do tom que os fãs esperavam encontrar.
Resident Evil 4: Recomeço (2010)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 21% da crítica e 48% do público
Primeiro filme da franquia a ser gravado em 3D (e o segundo assinado por Paul W.S. Anderson), Retribuição mostra a protagonista Alice sobrevivendo ao T-Vírus com a ajuda de seus clones e de um suspeito Albert Wesker. O longa é o primeiro a trazer Chris Redfield para a tela dos cinemas, mostrando a busca por “Arcádia”, um lugar mítico que pode ser a última esperança contra as armas biológicas que estão dominando o mundo.
Resident Evil 3: A Extinção (2007)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 24% da crítica e 58% do público
Comandando por Russel Mulcahy, A Extinção colocou a saga de filmes no caminho grandioso que seria seguido (e aumentado) por cada uma de suas sequências. Junto aos sobreviventes de Racoon City, a protagonista Alice (agora com poderes telecinéticos avançados) vaga pelo deserto em busca de algo que possa impedir um apocalipse zumbi de acontecer. Apesar de ser pouco inspirado, o filme rendeu mais do que o triplo de seu orçamento na bilheteria mundial.
Resident Evil: Retribuição (2012)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 28% da crítica e 51% do público
Algo que se pode dizer das obras de W. S. Anderson é que elas são consistentes em ficar cada vez mais piores e exageradas a cada capítulo. Mesmo compensando uma trama confusa com muitas cenas de ação interessantes, Retribuição acaba sendo aquele tipo de filme do qual você já se esqueceu de metade dos acontecimentos assim que os créditos começam a rolar — ele nem é ruim o suficiente para sequer merecer um lugar na memória.
Resident Evil: Bem-Vindo a Racoon City (2021)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 30% da crítica e 65% do público
Após vários filmes dirigidos por Paul W.S. Anderson, a Sony Pictures acreditava que havia chegado a hora de a série receber um reboot nos cinemas. A seu favor, Bem-Vindo a Racoon City tem o fato de trazer caracterizações fieis aos games. No entanto, seu roteiro é tão corrido e cheio de elementos que se torna difícil ligar para qualquer personagem apresentado pela trama.
Resident Evil (2002)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 36% da crítica e 67% do público
O filme que começou tudo, Resident Evil mostrava desde o começo que os games eram somente a base para que Paul W.S. Andersen pudesse contar uma história inédita. Bastante querido por muitos fãs, o capítulo inicial é um dos poucos que realmente investem no terror e na tensão como um de seus elementos principais. Embora ele tenha sido pensado inicialmente como um prequel para os games, essa ideia acabou sendo abandonada conforme sequências da história foram desenvolvidas.
Resident Evil 6: O Capítulo Final (2016)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 38% da crítica e 47% do público
Depois de vários capítulos com “licenças criativas” em relação aos jogos, os filmes dirigidos por Paul W. S. Anderson chegaram ao ponto de ser totalmente diferentes deles. Apesar de ser o longo mais lucrativo da franquia e trazer de volta personagens queridos, ele tem uma história tão exagerada e inflada que se torna difícil entender o que está acontecendo em muitos momentos.
Resident Evil – A série da Netflix (2022)
Aprovação no Rotten Tomatoes: 53% da crítica e 26% do público
A produção live action mais recente da série, Resident Evil apresentava uma versão alternativa dos eventos dos games. Pulando entre duas linhas do tempo, ela mostrava como as irmãs Wesker tentavam sobreviver a um mundo destruído por um apocalipse zumbi.
Infelizmente, nem mesmo a presença de Lance Reddick livrou a trama de ser pouco coerente e de ter cenas um tanto constrangedoras. Com isso, a produção acabou sendo cancelada após uma única temporada.
E aí, para você, qual a melhor produção do universo de Resident Evil fora dos games? Comente nas redes sociais do Minha Série!
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