A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) deve abrir um novo processo antitruste contra a Meta no qual serão investigadas as compras do Instagram e do WhastApp após o juiz, James Boasberg, negar o pedido da empresa para encerrar a ação. A decisão foi divulgada na quarta-feira (13).
De acordo com o magistrado, a gigante da tecnologia agiu de maneira ilegal para manter o monopólio do Facebook ao adquirir o Instagram em 2012 e o WhatsApp dois anos depois. As investigações sobre o caso começaram em 2020, no primeiro mandato de Donald Trump, e avançaram durante o governo Joe Biden.
O juiz manteve as alegações de que a big tech liderada por Mark Zuckerberg pagou valores a mais pela rede social de fotos e o app de mensagens para eliminar concorrentes de seus serviços, em vez de desenvolver suas próprias ferramentas. No entanto, descartou outros argumentos da FTC.
Entre eles, foi descartada a alegação de que a empresa, então chamada Facebook, havia reforçado seu domínio de mercado ao limitar o acesso de desenvolvedores de apps de terceiros à plataforma, exceto nos casos em que concordassem em não concorrer com seus serviços. Boasberg ainda vai divulgar uma decisão mais detalhada sobre o caso.
Meta se mantém confiante
Apesar de ter o seu pedido para encerrar o caso indeferido pela justiça americana, a Meta acredita que não será condenada. “Estamos confiantes de que as evidências no julgamento mostrarão que as aquisições do Instagram e do WhatsApp foram boas para a concorrência e os consumidores”, disse um porta-voz da companhia à Reuters.
Já a FTC comentou que o processo contribuirá para diminuir o monopólio da empresa, restaurando a concorrência e garantindo a “liberdade e inovação no ecossistema de mídia social”. Ainda não há uma data definida para que o julgamento aconteça.
Além da dona do Facebook, outras gigantes da tecnologia enfrentam processos semelhantes nos EUA. O Google, por exemplo, é acusado pelos reguladores de restringir ilegalmente a concorrência entre os buscadores.