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Alan Wake 2, Control e outros jogos que exploram a metalinguagem

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O mundo dos jogos permite explorar muitos caminhos inalcançáveis para vários outros meios. Frequentemente, essa versatilidade garante aos desenvolvedores a possibilidade de contar tramas e histórias por ângulos únicos, permitindo uma imersão ímpar aos jogadores.

No entanto, há alguns artifícios que não são exclusivos do mundo dos jogos, mas funcionam muito bem quando implementados com capricho. Um deles é a metalinguagem, também citada como “A Quebra da Quarta Parede”!

O recurso narrativo, na prática, faz com que elementos ou personagens em uma história reconheçam o espectador, ou jogador, conversando diretamente com ele. Simplificando, é um dos maiores, e mais engraçados, charmes do icônico Deadpool.

Logo adiante, o Voxel selecionou uma lista com um dos jogos mais populares por usar a metalinguagem em sua composição. Confira!

Alan Wake 2

Começando pelo mais recente jogo da Remedy Games, Alan Wake 2 tem quebras de paredes mais discretas, mas ainda muito interessantes. Mais especificamente, a própria trama envolve a metalinguagem como mecânica de jogabilidade, com o escritor utilizando vários artifícios para reescrever a história que está vivendo.

Entretanto, há trechos em que alguns personagens dizem se sentir observados por “olhos despercebidos” ou por “uma audiência desconhecida”, referenciando os próprios jogadores. Em outro caso, um NPC chega a acusar o protagonista de ser um mero personagem em uma história de detetives.

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Confira o trecho:

Control

Antes de Alan Wake 2, a Remedy já quebrava a Quarta Parede em outros jogos. O mais recente deles, que inclusive compartilha universo com o famoso escritor de Bright Falls, é Control.

Ambientado em uma espécie de “FBI Paranormal”, a trama acompanha uma jovem médium, Jesse Faden, em sua jornada para se tornar a nova Diretora da organização. Diferente de Alan Wake 2, a metalinguagem em Control é muito mais presente e faz parte de vários momentos da campanha. Há um determinado trecho, a exemplo, em que o jogo parece estar se corrompendo em um erro, mas faz parte da narrativa.

Inscryption

Apostando ainda mais no uso da metalinguagem, Inscryption é um rogue-like de terror baseado em cartas. A trama, já bastante violenta e obscura, ganha uma profundidade ímpar durante alguns trechos em que o jogador, literalmente, deve revirar as entranhas do título para buscar e até deletar certos arquivos.

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Nesses segmentos, o jogo também pode tentar se conectar com outros jogadores, acessar a lista de amigos na Steam e muito mais. Acertado, o uso desses recursos narrativos enriquecem ainda mais a atmosfera sinistra de Inscryption.

Undertale

Tratando-se de um dos jogos independentes mais populares da história, Undertale dispensa apresentações. O título trouxe uma narrativa imersiva e emocionante, representada por uma distinta arte em píxeis. Na trama, o jogador conhecerá inúmeros personagens que, em variados graus, estão cientes de que estão em um videogame. Aqui, a metalinguagem pode partir de um mero comentário, até mudanças permanentes no jogo.

Em suma, evitando o máximo de spoilers, Undertale permite apenas um espaço para salvar seu progresso. Essa característica faz cada decisão contar e, numa primeira campanha, modifica o jogo à personalidade do jogador.

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Dokki Dokki Literature Club

A princípio um jogo fofo e carismático, Dokki Dokki Literature Club tem uma estranha inversão de enredo que praticamente muda seu gênero para o terror. Sua trama acompanha um estudante que se junta a um clube de literatura, e tem a opção de se relacionar romanticamente com suas colegas.

Caso escolha “errado”, uma delas se voltará contra o jogador e o atormentará com tudo que a metalinguagem no mundo dos jogos permite. Se você ficou interessado, a boa notícia é que o título é totalmente gratuito e pode ser jogado em diversas plataformas.

Stanley Parable

Por falar em clássicos, The Stanley Parable é um dos mais populares do gênero no PC e nos consoles. Fugindo de temas aterrorizantes, o título aposta no bom-humor para contar sua trama, que envolve um trabalhador comum em um escritório.

Porém, seus temas envolvem praticamente uma conversa entre os jogadores e os desenvolvedores, sendo ilustradas através de quebra-cabeças e situações cômicas. Tudo isso com direito à narração icônica de Kevan Brighting.

Franquia Metal Gear Solid

Idealizada por Hideo Kojima, a franquia Metal Gear Solid revolucionou muitos aspectos no mundo dos jogos — e, por vezes, isso incluiu a quebra da Quarta Parede. Possivelmente, um dos momentos mais icônicos não apenas nesse sentido, mas em toda a história dos jogos, é o encontro com o Pyscho Mantis em Metal Gear Solid, do PlayStation 1.

Tratando-se de um inimigo capaz de ler mentes, Pyscho Mantis é recita para o jogador alguns dos títulos que ele tem jogado em seu console, a depender da plataforma. Originalmente, o truque foi feito através do Memory Card, utilizando os jogos salvos por lá.

Investindo ainda mais na metalinguagem, o jogador deve trocar a entrada de seu controle fisicamente para o “P2” para se livrar da influência de Psycho Mantis, e só assim enfrentá-lo. Confira parte do encontro:

Outro momento onde o mundo real afeta a franquia está em Metal Gear Solid 3: Snake Eater. Nele, o jogador enfrenta o chefe “The End”, um atirador de elite lendário com mais de cem anos! Caso entre na luta, salve o progresso e retorne após uma semana (em tempo real), o inimigo terá morrido — de velhice!

Esses são apenas alguns exemplos de muitos jogos que desafiam os limites tradicionais de uma narrativa! Você lembrou de algum outro? Nos conte nas redes sociais do Voxel!

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