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O Preço da Verdade é inspirado em história real? Conheça a verdade por trás do filme

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Imagem de: O Preço da Verdade é inspirado em história real? Conheça a verdade por trás do filme

Imagem: Divulgação/Paris Filmes

Lançado em 2019 nos cinemas, o filme O Preço da Verdade (Dark Waters) chegou recentemente à Netflix, onde tem encontrado grande sucesso. Dirigido por Todd Haynes, ele conta a história de Robert Bilott, um advogado de Cincinnati que se transforma no principal adversário da empresa multinacional DuPont.

Interpretado por Mark Ruffalo, o profissional fez fama e fortuna ao defender grandes corporações de processos abertos pelo público. No entanto, ele decide “mudar de lado” quando descobre que a cidade-natal de sua avó estava sendo vítima da contaminação massiva de sua principal fonte de água.

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A partir desse momento, ele inicia um processo coletivo contra a DuPont, cujos principais obstáculos e vitórias são retratados de forma fiel por O Preço da Verdade. Parte da atração do filme vem do fato de ele ser inspirado em uma história real, cujo final ainda parece estar bastante distante para Bilott.

O Preço da Verdade é baseado em uma história real

Conforme mostra o filme, o grande adversário do advogado não era exatamente a DuPont, mas sim as substâncias tóxicas conhecidas como PFOA, que estavam sendo despejadas em suprimentos de água há décadas. Estudos recentes as ligaram a diversos tipos de doenças, incluindo algumas variedades de câncer.

O Preço da Verdade mostra somente parte de uma luta que ainda continuaO Preço da Verdade mostra somente parte de uma luta que ainda continuaFonte:  Divulgação/Paris Filmes 

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Após anos lutando contra a empresa, Bilott conseguiu um acordo em 2017 que previa o pagamento de US$ 671 milhões às 3,5 mil vítimas que ele representou. No entanto, embora essa tenha sido uma vitória considerável, ela não representou o fim da batalha do advogado contra companhias que lucram poluindo o ambiente e prejudicando a vida de pessoas.

Em 2018, ele iniciou um novo caso contra empresas como DuPont, 3M e Chemours, que continuam usando componentes químicos conhecidos como PFAS, que são despejados diretamente na água consumida pela maioria dos norte-americanos. Estimativas apontam que mais de 99% das pessoas do país possuem ao menos uma quantidade mínima deles em suas correntes sanguíneas.

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Em 2023, ele conseguiu um acordo que prevê que as companhias ligadas à DuPont deveriam pagar uma multa de US$ 13 bilhões pelos prejuízos que trouxeram à população dos Estados Unidos. Já em 2024, ele conseguiu um acordo semelhante com a Tyco e a BASF, que tiveram que pagar US$ 1 bilhão adicionais.

O trabalho do advogado que inspirou O Preço da Verdade foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos em abril deste ano. Bilott foi creditado por ser um dos responsáveis pela criação de um novo plano federal para regular os níveis de PFAS que podem estar presentes na água consumível do país. Além disso, a iniciativa prevê US$ 1 bilhão em financiamento para que cidades e distritos possam se proteger da contaminação gerada por empresas químicas.

História de Bilott também virou documentário

Além de ter inspirado O Preço da Verdade, a história de Robert Bilott também virou o tema principal do documentário The Devil We Know, que estreou em 2018. Ele segue de forma bastante próxima os acontecimentos do filme dirigido por Todd Haynes, embora traga uma linha do tempo ligeiramente diferente e novos fatos em relação à produção de Hollywood.

O famoso advogado também escreveu em 2019 o livro de memórias Exposure: Poisoned Water, Corporate Greed, and One Lawyer’s Twenty-Yeart Battle Agains DuPont, ainda sem tradução oficial para o português brasileiro. À Time, ele reconheceu que sabe que suas batalhas são demoradas e difíceis, mas acredita que elas são necessárias para que grandes empresas finalmente assumam a responsabilidade por seus atos e por ter mentido ao público durante décadas enquanto lucravam bilhões.

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