Eve, subsidiária da Embraer que está desenvolvendo um eVTOL, projetou quantidade de terminais e de aeronaves nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Empresa espera começar voos comerciais em 2026. Conceito do eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer
Divulgação/Eve
A Eve, subsidiária da Embraer que está construindo um “carro voador”, espera alcançar 12,7 milhões de passageiros por ano em 2035 nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A aeronave, chamada oficialmente de eVTOL (sigla em inglês para “veículo elétrico de pouso de decolagem vertical”), deve operar comercialmente na capital paulista a partir de 2026, segundo a empresa.
Os números foram apresentados na quinta-feira (9) junto a uma parceria da Eve com a empresa de logística DHL Supply Chain para planejar a cadeira de suprimentos de peças da aeronave, que será fabricada em Taubaté (SP).
As projeções incluem a quantidade de eVTOLs e de vertiportos, como são chamados os pontos de chegada e partida dos eVTOLs. A operação das aeronaves e dos terminais será feita por empresas parceiras. Confira os números abaixo.
São Paulo
🛫 Vertiportos: 8 em 2026; 36 em 2035
💺 eVTOLs: de 50 a 70 em 2026; 450 em 2035
👥 Passageiros: 900 mil por ano em 2026; 8,2 milhões por ano em 2035
🌎 Rotas: mais de 200 em 2035
💵 Receita: US$ 410 milhões (R$ 2 bilhões) em 2035
Rio de Janeiro
🛫 Vertiportos: 6 em 2026; 30 em 2035
💺 eVTOLs: de 25 a 35 em 2026; 245 em 2035
👥 Passageiros: 400 mil por ano em 2026; 4,5 milhões por ano em 2035
🌎 Rotas: mais de 100 em 2035
💵 Receita: US$ 220 milhões (R$ 1 bilhão) em 2035
eVTOL vai começar operação com espaço para quatro passageiros mais um piloto
Divulgação/Eve
A Eve afirma que já recebeu cartas de intenções – etapa anterior à compra – para 2.850 eVTOLs e que, cada veículo, custará cerca de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). A empresa informou que o protótipo em escala real começou a ser montado e diz que o primeiro voo de teste poderá acontecer em 2024.
Os executivos da subsidiária da Embraer alegam que, para o “carro voador” entrar em operação, será preciso flexibilizar regras atuais que focam em helicópteros.
A Eve e a empresa de taxi aéreo Helisul poderão sugerir mudanças na cidade do Rio de Janeiro. Elas foram selecionadas no programa Sandbox.Rio, em que empresas podem lançar serviços em caráter experimental com menos burocracia.
“Se você pegar as regras de helicóptero hoje, elas não se adaptam 100% para o eVTOL. O sandbox é uma oportunidade excelente que a gente tem de mostrar que o eVTOL será seguro, mas que regras e regulamentos têm que ser modificados”, disse o vice-presidente de serviços da Eve, Luiz Mauad.
E, ainda que o termo “carro voador” tenha se popularizado, a empresa esclarece que os eVTOLS não seguirão o modelo de carros particulares, que podem ser comprados por qualquer pessoa. Em vez disso, as aeronaves farão parte de um sistema parecido com aplicativos como Uber e 99.
“São operações estruturadas de vertiportos conhecidos para outros vertiportos conhecidos, com operadoras que também são certificadas”, afirmou o diretor-executivo da Eve, André Stein. “Não é a ideia que tenha um foco em uso pessoal”.
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Daniel Ivanaskas/Arte g1
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