Em um mundo onde a busca por alternativas sustentáveis à carne tradicional está em ascensão, uma startup inovadora está desafiando as convenções ao criar carne a partir de materiais incomuns, incluindo serragem. De uma forma promissora e pioneira, a empresa está desenvolvendo novas tecnologias para o ramo alimentício.
A startup eslovena ÄIO desenvolveu um método para produzir gorduras e óleos a partir de resíduos industriais, como madeira, palha, serragem e resíduos de alimentos. Esses produtos podem ser usados nas indústrias de alimentos e cosméticos.
Entenda como funciona a tecnologia de carnes com serragem
Foto: ÄIO/Reprodução
“O que desenvolvemos é muito semelhante à cerveja, em que a levedura é usada para converter açúcares da cevada em álcool, e o lúpulo é adicionado para sabor. Estamos usando um tipo diferente de levedura que converte açúcares de correntes laterais industriais, mas não em etanol – em gorduras e óleos”, explica Petri-Jaan Lahtvee, cofundador da startup ÄIO.
A startup procura melhorar a segurança alimentar por meio do uso de insumos locais, levando em consideração as interrupções nas cadeias globais de suprimentos, como as ocorridas durante a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia. Além disso, ela está desenvolvendo tecnologias para reciclar resíduos domésticos de alimentos, como cascas de banana e laranja.
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No entanto, para competir efetivamente no mercado, é necessário tornar os novos produtos mais acessíveis em comparação com as opções tradicionais. Isso poderia ser alcançado considerando o custo ambiental e a remoção de subsídios governamentais, segundo especialistas do setor.
“As barreiras legais são provavelmente as mais difíceis de ultrapassar, ou digamos que contêm mais incerteza, porque em termos tecnológicos conseguimos escalar o processo muito bem. A maior incógnita para nós hoje são as regulamentações, todos sabemos e entendemos que a comida tem que ser segura. Mas os processos para solicitar uma autorização alimentar normal hoje não são, por assim dizer, muito compreensíveis ou previsíveis”, continua Petri-Jaan Lahtvee.