A inteligência artificial (IA) deu origem a tecnologias avançadas e tem trazido benefícios significativos para diversos setores da sociedade. E não é para menos, pois IAs têm a capacidade de processar enormes volumes de dados, aprender com eles e gerar respostas humanizadas em tempo real.
A IA, incluindo o doChatGPT, oferece inúmeras vantagens em áreas como atendimento ao cliente, assistência médica, automação de tarefas, tradução de idiomas, pesquisa científica e muito mais. Assim, ela pode melhorar a eficiência, a precisão e a velocidade de processos, permitindo que empresas e organizações alcancem resultados em menor prazo.
A assistência virtual 24 horas por dia, 7 dias por semana, fornecida por IA como o ChatGPT, ajuda a atender as necessidades dos clientes de maneira mais rápida, aumentando a satisfação do cliente e economizando tempo e recursos das empresas. Entretanto, você sabia que elas também geram impactos ambientais?
Inteligência artificial agrava crises ambientais
À medida que IAs se tornam mais integradas em nossa vida cotidiana e em processos empresariais, surgem preocupações crescentes sobre seus impactos o meio ambiente. Nesse contexto, a crise hídrica global é uma das preocupações mais alarmantes.
Em várias regiões do mundo, a disponibilidade de água doce está diminuindo devido à exploração excessiva, à poluição e às mudanças climáticas. Além disso, a demanda crescente por água para abastecer populações em crescimento e atividades industriais coloca pressão adicional sobre os recursos hídricos.
O crescente consumo de água por infraestruturas de tecnologia da informação, como os data centers que sustentam a IA, tornou-se um ponto crítico de preocupação.
Embora a conexão entre a IA e a água não seja imediatamente aparente, a infraestrutura de TI requer uma quantidade imensa de água potável para o resfriamento dos data centers.
Esses centros de processamento de dados exigem sistemas de refrigeração para evitar o superaquecimento dos servidores e a água é frequentemente usada nesse processo.
A água é fundamental para manter a temperatura dos servidores em níveis operacionais aceitáveis, garantindo o funcionamento confiável dos sistemas de IA.
Imagem: Cookieone/PixAbay/Reprodução
Medidas paliativas podem ajudar?
Apesar de muitos data centers apresentarem premissas de consumo e serviço sustentável, a verdade é que a maioria das empresas hoje pagam por créditos de carbono ou créditos verdes, que são certificações de que a empresa é sustentável.
Na prática, isso significa que a empresa mantém suas práticas normalmente enquanto paga para que outra reduza seu consumo. Do ponto de vista do consumo de água potável, nada muda.
À medida que a demanda por IA cresce, a pressão sobre os recursos hídricos também aumenta. Isso levanta questões importantes sobre a sustentabilidade do crescimento da IA e a necessidade de desenvolver soluções mais eficientes em termos de recursos.
Os dados mencionados nos relatórios da Microsoft e do Google, que apontam aumentos significativos no consumo de água nos últimos anos, são indicativos de uma tendência alarmante.
No entanto, as mesmas empresas, Microsoft e Google, também são as detentoras de alguns dos maiores data centers do mundo, convenientemente posicionados em regiões estratégicas onde a legislação é mais branda.
Embora haja alguma discrepância nas estatísticas, ambos os números sugerem que o uso de água relacionado à infraestrutura de TI e à IA está crescendo substancialmente. Mas é importante destacar que os dados específicos podem variar dependendo da região e da metodologia de medição.
Resultados concretos já mostram que as pesquisas estão certas
No estado de Iowa, em Des Moines, onde o interesse por IA mais tem crescido nos EUA, 6% das reservas hídricas já foram consumidas. Coincidência ou não, este é um exemplo vívido dos desafios que podem surgir com o aumento da demanda por IA em áreas específicas.
Esse tipo de impacto localizado nas reservas hídricas é motivo de preocupação, especialmente em regiões onde os recursos hídricos já estão sob pressão devido a fatores como o crescimento populacional e as mudanças climáticas.