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Estudo sugere que a entonação que usamos para falar com cães influencia na domesticação

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Toda pessoa que tem ou já teve a companhia de um cachorro na vida conhece a sensação irresistível de falar com esses queridos animais com uma voz “boba”, brincalhona e aguda. É como se achássemos que nossos amigos de quatro patas compartilhassem a nossa linguagem humana.

Muitas vezes, utilizamos essa entonação para fazê-los obedecer ou mantê-los calmos e atentos de alguma forma. Embora possa parecer estranho, há evidências científicas que indicam que essa abordagem pode, sim, ser um sucesso, revelando uma conexão profunda e instintiva entre humanos e cães nessa parceria de centenas de anos.

Falar de maneira ‘fofa’ com os cães ajuda na domesticação?

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Foto: Freepik

Uma pesquisa recente publicada na Communications Biology descobriu uma relação entre a forma como os cães e os bebês respondem à linguagem dirigida a eles. Ao falar com bebês ou animais de estimação, nossa voz muda, adotando um tom agudo e atrativo.

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Os autores desse estudo acreditam que isso pode ser uma tática instintiva para atrair a atenção, uma vez que tanto bebês quanto cães podem não entender o nosso vocabulário complexo. Além disso, no mundo canino, no qual o vocabulário médio é limitado a 89 palavras, a comunicação eficaz exige mais do que apenas palavras.

Os pesquisadores conduziram um experimento intrigante para investigar essa teoria: eles usaram ressonância magnética para estudar a atividade cerebral de cães enquanto eram expostos a diferentes estilos de fala humana.

Para a realização do estudo, foi usada uma amostra de 19 cachorros adultos, sendo 11 machos e de diversas raças. Os cães foram treinados para permanecer imóveis durante a ressonância e tinham liberdade para sair da máquina a qualquer momento, garantindo seu conforto. E os resultados foram reveladores.

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O melhor amigo da mulher

Após os testes, descobriu-se que, quando os seres humanos usavam uma prosódia exagerada, isto é, a fala cativante típica que dirigem a bebês e a animais de estimação, duas áreas do cérebro dos cachorros eram especialmente ativadas. Curiosamente, esse efeito foi ainda maior quando a pessoa falando era uma mulher!

Anna Gábor, coautora do estudo, explica:

“O aumento da sensibilidade dos cérebros caninos à fala canina falada especificamente por mulheres pode ser devido ao fato de que as mulheres falam mais frequentemente com cães com prosódia exagerada do que os homens”, disse.

O estudo também destacou que as mulheres parecem ter um impacto maior na comunicação com cães ao usar a prosódia exagerada. Isso pode ocorrer porque as mulheres frequentemente adotam esse estilo de fala com cães com mais frequência do que os homens.

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