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Crocodilos ferozes são atraídos por choro de bebês e de filhotes de macacos, revela estudo – Notícias

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A natureza é muito mais perigosa do que parece. Um novo estudo científico revelou que, ao menos uma espécie de crocodilo feroz, é atraída por choros e gritos de bebês ou filhotes de símios — como bonobos e chimpanzés. Quanto mais angustiado e sofrido o choro, mais atencioso fica o animal.



A pesquisa foi publicada no periódico Proceedings of the Royal Society B, por especialistas em bioacústica do Centro Nacional Francês de Investigação Científica.



Nos testes, os cientistas colocaram alto-falantes próximos de crocodilos-do-nilo (Crocodylus niloticus, um dos maiores e mais perigosos do mundo, com até 5,5 m de comprimento) em uma área ao lar livre de um zoológico do Marrocos.

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Do grupo de 25 predadores, praticamente todos esboçaram alguma reação aos gritos — ou olharam atentamente em direção ao som, ou se moveram para ele. Para ter uma ideia, metade dos animais respondeu quando ouviu choro humano.


“Nossos resultados sugerem que os crocodilos são sensíveis ao grau de sofrimento codificado nas vocalizações de vertebrados filogeneticamente muito distantes”, afirmam os autores na pesquisa.

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Curiosamente, segundo eles, os crocodilos utilizam “marcadores de sofrimento mais confiáveis” do que os humanos — o que significa que predadores talvez saibam com mais eificência que os pais mamíferos quando bebês humanos estão sofrendo.


Resultados poderiam ser mais específicos


Em entrevista ao New York Times, cientistas que não participaram diretamente do estudo apontaram que os resultados ainda carecem de mais algumas informações.

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Por exemplo: se os estudiosos tivessem identificado o sexo dos crocodilos que reagiram aos sons, poderíamos saber um pouco melhor se essa não foi uma reação materna instintiva.



Isso é importante, uma vez que crocodilos são conhecidos por cuidarem dos filhotes, e reconhecer sons de sofrimento de outras espécies poderia ser um sinal de cuidado parental.


Na verdade, os resultados se mostraram um pouco ambíguos. “Vimos um crocodilo que veio e tentou defender o alto-falante de outros crocodilos”, revelou o dr. Nicolas Grimault, um dos pesquisadores, em entrevista ao New York Times.


Antes que mais pesquisas sejam feitas, o grupo de cientistas teoriza que os animais podem fazer ambos: ao desenvolver habilidades cognitivas de reconhecer gritos e choros de sofrimento, eles são capazes tanto de usar usar isso tanto para predar, quanto para proteger.


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