A HoYoverse tem ampliado cada vez mais a sua presença não só em território brasileiro, esbanjando um dos melhores estandes da Brasil Game Show 2023, mas também na indústria de games como um todo. A empresa, que é conhecida especialmente por Genshin Impact, não está poupando esforços para criar novas propriedades intelectuais e até mesmo promoveu sessões a portas fechadas do seu próximo lançamento: Zenless Zone Zero — ou simplesmente ZZZ para os mais íntimos.
Desde o seu anúncio em maio do ano passado, o jogo chama a atenção pela sua estética cheia de personalidade. Assim como outros títulos da produtora, Zenless Zone Zero adota visuais em estilo anime, mas com uma temática mais urbana e pós-apocalíptica na última metrópole que resiste à iminente ameaça dos Hollows, tipos de desastres que corrompem tudo em volta e ainda podem causar mutações.
A convite da HoYoverse, o Voxel teve a oportunidade de experimentar cerca de uma hora do lançamento e conta, nas linhas a seguir, as primeiras impressões de Zenless Zone Zero. Confira:
Um show de carisma e estilo
A versão experimentada continha três modos distintos: História, que permitia conhecer um pouco dos personagens e estrutura dos capítulos; Desafio, que trazia liberdade para escolher um trio e desbravar um chefe; e Exploração, para conhecer um pedaço de New Eridu, a cidade distópica onde o jogo se passa.
Logo de início, o título traz uma mistura de cenas renderizadas na própria engine com belíssimas artes num formato de história em quadrinhos. Na versão testada, as vozes estavam em japonês e os diálogos, em inglês. Em conversa com Steve Ruygrok, gerente de Relações Públicas da HoYoverse, ele não confirmou se o jogo chegará localizado no nosso idioma, mas disse que seria uma surpresa muito grande se o jogo não viesse em português do Brasil, tendo em vista o histórico da empresa.
Após uma breve introdução ao trio principal, composto por Anby Demara, Nicole Demara e Billy Kid, o jogo nos coloca no controle dos personagens em cenários bastante lineares. Essa, inclusive, é uma das principais diferenças do jogo, pois não se passa em um vasto mundo aberto para a exploração. A dinâmica é muito parecida com a de jogos como Devil May Cry, pois por vezes encontramos inimigos pelo caminho e recebemos uma pontuação pelo desempenho do combate.
As mecânicas de gameplay também são diretas ao ponto e familiares aos jogadores de Genshin Impact, pois temos à disposição um ataque básico, uma habilidade especial, esquiva e um supremo, que se enche conforme preenchemos um medidor chamado de Decibéis. Também existe a possibilidade de trocar entre os personagens, inclusive realizando combos bastante dinâmicos.
Os personagens selecionáveis têm visuais muito estilosos, além de combos fluidos e variados. Fica claro como a HoYoverse refinou suas técnicas e tecnologias, pois o jogo traz animações de altíssima qualidade e bonecos com diferentes arquétipos, algo que tem sido alvo de muitas críticas em Genshin Impact. Essas características são o maior destaque do jogo até o momento.
Já não é possível dizer o mesmo dos inimigos, no entanto. Por se tratarem de criaturas mutantes, eles têm um design extremamente genérico e esquecível. Até mesmo os chefes seguem essa direção, de modo que destoa bastante dos últimos títulos da desenvolvedora. Por isso, fica a expectativa para que o jogo traga mais variedade nesse sentido.
Combate extremamente satisfatório
No segmento de Desafio, o jogo nos colocou em um combate direto contra chefe, mas com uma diferença: a possibilidade de montar a própria equipe. Desse modo, foi possível escolher três dos doze personagens disponíveis para teste. Como mencionado, todos se mostraram bastante distintos entre si e devem apelar a todos os estilos de jogadores.
O chefe não é um grande problema uma vez que o jogador observa seus padrões de ataque e faz bom uso da esquiva, que é capaz de reduzir um pouco da velocidade da ação. Caso o jogador consiga sustentar seus combos, o jogo traz a possibilidade de executar sequências em conjunto, com a capacidade de trocar entre os demais integrantes do trio para causar mais dano e colocar o personagem desejado em campo.
Ainda não ficou muito claro quais são os papéis dos personagens no trio, ou seja, se existem aqueles que são mais focados em suporte ou em dano. Mas ficou evidente que existem, por exemplo, os personagens que são mais rápidos, enquanto outros são mais pesados. Também foi possível notar que alguns têm propriedades únicas, como por exemplo a possibilidade de congelar inimigos ou de disparar à distância.
Exploração com uma “pitada” de Persona
Já no último segmento, foi possível conhecer um pouquinho de New Eridu — ao menos uma porção muito pequena e ainda incompleta da cidade. Nesse momento, o jogador pode interagir com NPCs, participar de mini-games e aceitar comissões, já que existem grupos independentes que cuidam da ameaça Hollow no mundo do jogo.
A dinâmica lembra bastante Persona, já que existe um calendário e um relógio no canto superior esquerdo. Tudo indica que várias das atividades do jogo estarão atreladas ao período do dia, talvez definindo um tempo limite para concluir algumas comissões. Apesar disso, não foi possível tirar muitas conclusões, pois uma parcela minúscula do conteúdo estava disponível.
No momento, Zenless Zone Zero segue sem uma previsão de lançamento, mas deve chegar em 2024. Além disso, o jogo está em desenvolvimento para PC, consoles e dispositivos móveis. É muito interessante notar como a HoYoverse está investindo em diferentes mundos e melhorando cada vez mais a qualidade dos seus jogos.
As impressões iniciais foram bastante positivas e despertaram a curiosidade, então há motivos mais que suficientes para ao menos experimentar seu novo lançamento quando estiver disponível.