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Ante à paralisação iminente de siderúrgicas, minério exibe resultados mistos

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O risco de paralisação iminente da produção por siderúrgicas chinesas, em decorrência da falta de uma solução definitiva para a crise imobiliária do gigante asiático, apresentou resultados mistos para os preços futuros do minério de ferro, na sessão desta sexta-feira (13). Desde meados de setembro até hoje, a cotação internacional do insumo siderúrgico acumula queda de 7%.

Como reflexo, enquanto o contrato futuro da commodity recuou 1,6% a US$ 112,80 a tonelada, na bolsa de Singapura, seu similar na bolsa de Dalian (China) avançou 1,45% a US$ 115,22 a tonelada.

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Contribui para a grande volatilidade desse mercado a possibilidade de a China – maior produtora mundial de aço e maior consumidora de minério do planeta – estar sinalizando um processo deflacionário de preços, o que lança uma ‘sombra’ de incerteza sobre as perspectivas de crescimento da segunda maior economia do mundo.

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Em que pese as medidas, anunciadas até agora, pelo governo de Pequim, os analistas Daniel Hynes e Soni Kumari, do banco ANZ Group entendem que “o aprofundamento da crise no mercado imobiliário da China não é um bom sinal para commodities”, acrescentando que isso “mantém as perspectivas de demanda por aço fracas, aumentando o risco de queda de lucratividade para as usinas”. Especialistas também não descartam que a China adote restrições à produção de aço, ainda antes do final deste ano.

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Em contrapartida, dados de rastreamento de navios indicam a existência de fluxos marítimos ‘robustos’ de minério de ferro, provenientes da Austrália e do Brasil, os principais fornecedores mundiais de minério.

Em nota, a consultoria Huatai Futures ressalta que “várias siderúrgicas chinesas anunciaram, recentemente, planos de manutenção, com fortes indícios de que a produção de metal fundido deverá cair muito”. Em contrapartida, a consultoria avalia que novas políticas macroeconômicas favoráveis poderão ser adotadas, tendo em vista a intenção do governo mandarim de estabilizar sua economia. Para a multinacional australiana ANZ, por sua vez, é real o risco de os preços da commodity ficarem abaixo do patamar de US$ 100 a tonelada até o final de 2023.

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