O bilionário Elon Musk foi confirmado nesta terça-feira (12) como parte do governo de Donald Trump nos Estados Unidos. O empresário dono de empresas como SpaceX, Starlink e X (o antigo Twitter) vai chefiar um novo departamento dentro da gestão republicana.
Após participar ativamente da campanha do político, Musk vai coliderar o Department of Government Efficiency (DOGE). A sigla não foi escolhida por acaso: ela é também um dos memes favoritos do bilionário e uma criptomoeda que ele mesmo costuma citar eventualmente.
Musk atuará na pasta ao lado de Vivek Ramaswamy, outro bilionário. Filho de indianos e conservador, ele foi pré-candidato pelo partido republicano à presidência e era considerado para o cargo de senador por Ohio, agora vago com a eleição de J.D. Vance como vice de Trump.
— Elon Musk (@elonmusk) November 13, 2024
Durante a campanha eleitoral, o dono do X discursou em vários comícios, além de fazer doações generosas para um comitê conservador envolvido com Trump. Musk também prometeu sortear US$ 1 milhão por dia a quem assinasse um abaixo-assinado e se comprometesse a votar — o que foi considerado legítimo pela Justiça norte-americana, apesar das críticas.
O que Musk fará no governo dos EUA?
Como sugere o comunicado oficial da transição do governo Trump, DOGE é um departamento voltado para analisar o cenário atual e sugerir mudanças na infraestrutura do Estado. Rumores do período eleitoral indicavam que esse seria mesmo o papel do bilionário.
“Juntos, esses dois americanos maravilhosos vão construir o caminho para que a minha Administração derrube a burocracia governamental, retalhe regulações excessivas, corte gastos ineficientes e reestruture as agências federais“, explica o agora presidente.
Trump compara o DOGE em importância com o Projeto Manhattan, a equipe de cientistas liderada por Robert Oppenheimer cujo resultou na criação da bomba atômica no fim da Segunda Guerra Mundial. Ele diz que a equipe será essencial para “criar uma pegada empresarial nunca antes vista” na política ao promover inúmeras reformas.
Apesar de citar “gastos e fraude” e “liberação da economia“, o comunicado não traz detalhes práticos sobre o que pode ser alterado. O comitê será temporário, com fim previsto para 4 de julho de 2026, data comemorativa da Independência dos EUA.