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EUA querem que Apple, Nvidia troquem Taiwan por fábricas da Intel para chips de IA

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A Secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, começou uma campanha para tentar aproximar empresas da Intel. A ideia do governo é sugerir que companhias de tecnologia passem a encomendar chips das fábricas da marca.

De acordo com a CNBC, Raimondo fez nos últimos dias uma reunião com o CEO da Intel, Pat Gelsinger. O executivo teria reclamado da “frustração” gerada pela preferência de marcas pelas encomendas de semicondutores das empresas taiwanesas, em especial a líder TSMC.

A Intel busca novas parcerias para ocupar as suas fábricas de chips.A Intel busca novas parcerias para ocupar as suas fábricas de chips.Fonte:  GettyImages 

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Em seguida, ela marcou encontros com investidores de empresas norte-americanas de peso, como a Apple, ou com braços fortes no país, caso da Nvidia. O objetivo foi reforçar o pedido de Gelsinger e promover as vantagens de usar a estrutura da Intel em vez das concorrentes estrangeiras.

O governo dos EUA está há alguns anos tentando estabelecer o setor nacional de fabricação de chips para outros clientes (segmento chamado de Foundry nas empresas) nacionalmente. O argumento é de que as plantas são capazes inclusive de fornecer processadores prontos para uso otimizado em data centers ou equipamentos que trabalham com inteligência artificial (IA).

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Além de aplicar várias sanções comerciais contra empresas chinesas e dificultar a negociação de marcas locais com países asiáticos, o governo norte-americano teme a dependência exagerada de Taiwan nessa indústria.

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Isso não apenas reduz a força comercial de um país bastante protecionista como são os EUA, mas também gera riscos no caso de um conflito com a China — que é considerado quase inevitável pelo governo nos próximos anos — provoque a paralisação de toda a indústria.

A má fase da Intel

Já a Intel se beneficiaria de novas encomendas em um momento delicado para a empresa. A tradicional companhia de processadores passa por uma grave crise, escancarada após a demissão de 15% dos funcionários em agosto.

No período, ela revelou que o próprio setor de Foundry foi o que mais teve perdas, em especial pelo maior gasto em processos e abertura de fábricas. Agora, a marca prepara um plano de resgate que envolve até vender divisões para equilibrar as contas e reduzir os prejuízos.

Até agora, as empresas citadas na reportagem original não se manifestaram sobre o assunto.

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