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NASA atrasa análise das amostras de Bennu, mas por um bom motivo

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Ao iniciar a curadoria para processar o material coletado no asteroide Bennu, e trazido à Terra há duas semanas, a NASA está enfrentando uma dificuldade que fará com que os trabalhos ocorram de forma mais lenta do que o previsto. Mas, de acordo com uma publicação no blog da agência, o atraso tem um bom motivo: quando a tampa do recipiente trazido pela nave OSIRIS-REx foi retirada, o conteúdo transbordou.

Na verdade, havia tamanha quantidade de material, que o desmonte da cabeça de amostragem do Mecanismo de Aquisição de Amostras Touch-and-Go (TAGSAM) terá que ser feita de uma maneira mais cuidadosa, organizada e metódica do que se esperava. Quando coletaram o material há três anos em Bennu, os cientistas perceberam que havia partículas “vazando”, mas não esperavam que fossem tantas.

O vice-líder da curadoria da OSIRIS-REx, Christopher Snead, confirma o contratempo, mas diz que “o melhor ‘problema’ que existe é que há tanto material, que está demorando mais do que esperávamos para coletá-lo”. Mas essa abundância de poeira, inclusive fora da cabeça do TAGSAM, é vista como “interessante por si só” e espetacular pela quantidade.

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Como foi colhido o material do asteroide Bennu?

O TAGSAM ´é o braço robótico que a OSIRIS REx esticou para pegar em um recipiente a poeira de Bennu no dia 20 de outubro de 2020. Para a viagem de volta, o cabeçote do instrumento foi selado dentro do recipiente de amostras que a espaçonave entregou na atmosfera terrestre no mês passado, antes de continuar sua missão para outro asteroide.

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Assim que a parte maior da amostra, que ainda está lacrada no recipiente, for liberada, será analisada por um microscópio eletrônico de varredura (SEM), além de submetida a medições infravermelhas e difração de raios X, em busca, principalmente, de minerais hidratados e partículas ricas em orgânicos.

O que a NASA espera obter das amostras do asteroide Bennu?

A NASA espera que os estudos sobre a composição do asteroide Bennu, forneça dados sobre a origem do Sistema Solar. A NASA espera que os estudos sobre a composição do asteroide Bennu, forneça dados sobre a origem do Sistema Solar. Fonte:  NASA 

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Para conter a ansiedade dos cientistas, e do público em geral, uma primeira amostra coletada fora da cabeça do TAGSAM foi entregue ainda no convés de aviônicos, para uma análise rápida que possa dar uma ideia do material de Bennu e o “que podemos esperar encontrar quando a amostra a granel for revelada”.

A prioridade agora é transportar o cabeçote TAGSM para uma “glovebox” especializada, instalação normalmente utilizada em ambientes de pesquisa com algumas características especiais, como atmosfera controlada, luvas de manipulação, proteção contra contaminação, manipulação de materiais perigosos e pesquisas em condições extremas.

Embora não haja nenhum tipo de informação ainda, pois se trata de um processo detalhado, a expectativa é de que a análise das 250 gramas de pó de Bennu possa mostrar alguns dos princípios básicos do pequeno asteroide rico em carbono. Essa composição poderá revelar, espera-se, algumas informações importantes sobre o nascimento do Sistema Solar. 

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