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Da ‘ruga’ do Universo a cosmologia: as descobertas para uma nova física

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Sim, é uma física cosmológica e astrofísica cheia de evidências quem vem despontando no horizonte, graças aos avanços tecnológicos nas áreas de observação e leitura de dados, seja no céu ou na terra.

Recentemente, dois estudos, ainda em pré-print, disponíveis arXiv discutem novas pistas sobre teorias que envolvem lentes gravitacionais, vincos no espaço, idade e velocidade de expansão do universo. Saiba mais sobre os estudos e as novidades do universo.

Lentes gravitacionais

Lentes gravitacionais e ilusões cósmicas: qual truque o universo prega em você?Lentes gravitacionais e ilusões cósmicas: qual truque o universo prega em você?Fonte:  Getty Images 

A base de ambos os estudos discutem um efeito óptico do qual você já deve ter ouvido: as lentes gravitacionais. Quando a luz passa próximo a objetos celestes massivos ou campos gravitacionais, ela pode ser desviada.

Esse desvio da luz pode causar alguma anomalias para quem observa de longe. Do mesmo modo que as lentes comuns no nosso dia-dia podem aumentar, diminuir ou até duplicar uma imagem, o mesmo fenômeno ocorre no espaço.

O que antes era teoria, foi comprovado pela equipe de cientistas e por Albert Einstein, em Sobral, durante o experimento que comprovou a lei da relatividade geral.O que antes era teoria, foi comprovado pela equipe de cientistas e por Albert Einstein, em Sobral, durante o experimento que comprovou a lei da relatividade geral.Fonte:  Getty Images 

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A existência dessas lentes influencia diretamente como observamos o universo, pois podem gerar ruídos na imagem captada, impedindo uma análise assertiva. Estrelas, galáxias e quaisquer outras fontes luminosas, ou não, podem ter sua imagem distorcida.

O que não vemos ou vemos muito mal, não pode ser considerado prova cabal de uma teoria. Mas quando conseguimos observar com mais clareza ou desenvolver métodos que amenizem essas aberrações da luz, aí nascem as novidades.

‘Rugas’ no universo?

O estudo do Instituto Indiano de Astrofísica, descobriu um par de galáxias um tanto quanto intrigantes. Para a equipe, esse duo é candidato a categoria de “corda cósmica”.

Segundo a teoria, as cordas cósmicas são defeitos unidimensionais no espaço-tempo, formando um vinco, rachadura, gerado durante a formação do universo, permanecendo congelado no tempo.

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O par “SDSSJ110429” não é o primeiro candidato identificado, no entanto, ainda que haja outros exemplares, existem alguns empecilhos para a comprovação da existência das cordas. Uma delas são as lentes gravitacionais, que podem duplicar as imagens, transformando uma única galáxia em um sistema espelhado.

Modelo de corda cósmica (esquerda). Dados da observação (direita).Modelo de corda cósmica (esquerda). Dados da observação (direita).Fonte:  Reprodução Science Alert/Safonova et al., arXiv, 2023) 

Outros fenômenos também podem gerar dados similares aos observados. Por tanto, ainda é difícil distinguir entre um exemplar genuíno de uma corda cósmica ou outro fenômeno cósmico.

Entretanto se a teoria for comprovada, seria um novo avanço para a astrofísica e muito mais poderia ser descoberto sobre a formação do universo, como ele se expande e se há limites.

Supernovas e a idade do universo

O super telescópio James Webb (JWST, em inglês) continua fazendo um rebuliço no campo da física. Em um conjunto de dados, a supernova apelidada de SN H0pe, pode dar uma nova chance para a cosmologia. A SN H0pe é a segunda supernova mais distante já observada.

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Pesquisadores da Universidade do Arizona cruzaram dados do JWST com o DDT (Director’s Discretionary Time), do Space Telescope Science Institute, descobrindo uma supernova que pode ter explodido há 10 bilhões de anos.

A luz da SN H0pe pode ajudar a calcular a idade e a taxa de expansão do universo.A luz da SN H0pe pode ajudar a calcular a idade e a taxa de expansão do universo.Fonte:  Getty Images 

Devido à sua distância e a influência das lentes gravitacionais, a supernova possui uma imagem triplicada. Graças a isso, seria possível estabelecer uma métrica entre as diferenças de tempo onde as imagens são formadas.

Se isso for possível, pode-se chegar a um cálculo mais preciso da constate de Hubble, que determina a taxa de velocidade de expansão do universo. Sabendo com que velocidade o universo se expande, mais “simples” se torna a determinação da idade aproximada da formação do cosmo.

Novas lente para novos tempos

Ainda que os estudos necessitem de revisão por pares e mais dados para preencher as lacunas existentes, eles são bons exemplos de como teorias tem ganhado evidencias para continuarem nos holofotes de pesquisa.

Nos confins do universo pode haver a receita da vida.Nos confins do universo pode haver a receita da vida.Fonte:  GettyImages 

Com o refinamento dos equipamentos tecnológicos, seja em solo ou no céu, aumentamos os limites de observação e compreensão sobre o que nos cerca. Assim a cosmologia, a astrofísica, astronomia e tantas outras áreas da física tem avançado a passos largos.

Saber como estrelas, planetas e galáxias inteiras se formam, nos ajudam a compreender como a nossa própria vizinhança foi formada e se mantem com seu jeito único de ser.

Quer saber mais sobre o universo lá fora? Então, descubra como seria o universo sem matéria escura. Para mais conteúdos sobre astronomia e física , continue acompanhando o TecMundo!

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