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Olhos do criptoverso se voltam para a Worldcoin, do criador do ChatGPT – 08/08/2023

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Por Elizabeth Howcroft

(Reuters) – A Worldcoin não tem problemas em chamar atenção. Mais de 2,2 milhões de pessoas se inscreveram na empresa, tendo suas íris escaneadas em troca de uma identificação digital e, em alguns países, de ativos digitais gratuitos.

O novo projeto do fundador do ChatGPT, Sam Altman, visa criar uma “rede de identidade e financeira” baseada em blockchain. Sua moeda nativa, WLD, manteve um preço estável entre 2 e 2,50 dólares desde seu lançamento em 24 de julho, até agora poupando a trajetória de “sobe e desce” de muitos novos tokens.

O documento informativo da Worldcoin em seu site diz que, nos próximos 15 anos, um total de 10 bilhões de tokens serão lançados no mercado. A oferta circulante era de 120 milhões de tokens nesta segunda-feira, mostram dados do rastreador de mercado CoinGecko, cerca de 1,2% da oferta futura total planejada.

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Algumas empresas de tecnologia estão entusiasmadas com o plano da Worldcoin de fornecer um sistema de identificação digital baseado no que chama de “prova de personalidade”, com o projeto apoiado por investidores, incluindo Andreessen Horowitz.

O analista da PitchBook, Robert Le, disse que há várias startups tentando construir sistemas de identidade digital baseados em blockchain, mas nenhuma na escala da Worldcoin.

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A aposta da empresa é que isso se tornará mais importante à medida que os bots de inteligência artificial aumentam a necessidade de verificação de pessoas online.

INVESTIDORES DE VAREJO

James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, disse que espera que os compradores no momento sejam investidores de varejo, já que a incerteza sobre se a Worldcoin é um valor mobiliário pode tornar os players institucionais mais cautelosos.

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Mais de 50 altcoins — termo que se refere a criptomoedas menores que bitcoin e ether — foram rotuladas como valores mobiliários pela Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA), de acordo com a CCData.

Os vigilantes de dados na Alemanha estão investigando a Worldcoin desde novembro do ano passado e a empresa foi obrigada a interromper suas operações de escaneamento do globo ocular no Quênia na semana passada, devido a preocupações sobre riscos potenciais à segurança pública.

“Nunca é otimista para um token ser investigado pelos reguladores”, disse Riyad Carey, analista de pesquisa da empresa de análise de blockchain Kaiko.

A Worldcoin diz que é “totalmente privada”, que seu sistema de identificação é “projetado para permitir ações anônimas”, nenhum dado pessoal é divulgado por padrão e que as imagens biométricas não são compartilhadas com a Worldcoin, a menos que o usuário escolha. A empresa diz que está trabalhando em estreita colaboração com os reguladores.

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